quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Mandamentos de uma Boa Convivência para o Aluno

Respeitar os colegas, professores e demais funcionários.
2. Saber ouvir, falar baixo e na hora certa.
3. Ficar calado e sentado em seu lugar na hora das explicações
4. Manter os cadernos organizados e com as atividades em dia.
5. Manter os livros encapados e bem cuidados (não rasgar, não molhar e nem amassar).
6. Manter a sala limpa
7. Não rabiscar as paredes e nem as carteiras
8. Obedecer o horário das aulas, trazendo o material do dia.
9. Manter silêncio dentro da sala.
10. Fazer a atividades e tarefas propostas pelos professores
11. Ir ao banheiro e tomar água nos horários permitidos na entrada e no recreio, (poderão trazer garrafinha de água).
12. Não vaiar, ameaçar, apelidar ou caluniar colegas e funcionários.
13. Não dizer palavras de baixo calão com os colegas na sala de aula.
14. Não brigar com os colegas
15. Não chupar chicletes, balas pirulitos, etc. durante as aulas.
16. Não trazer objetos cortantes como: estilete, gilete, etc.
17. Não trazer celular e nem dinheiro a partir de 5.00
18. Entregar os trabalhos e as atividades em dia
19. Usar o uniforme completo de segunda a sexta feira
20. Ser pontual no horário de início das aulas e especialmente após o recreio
21. Comparecer pontualmente as aulas sempre uniformizado, de banho tomado, e com os cabelos penteados e unha cortada. .
22. Dirigir-se logo para fila de sua classe, evitando brincadeiras, correrias e respeitando a ordem de chegada.
23. Não usar boné, óculos de sol, tamancos ou sandálias, pois eles só servem para chamar a atenção dos colegas.
24. Ter cuidado para não danificar o material alheio quer tenha sido emprestado ou encontrado nas dependências da escola, devolvendo a quem pertencer.
25. Sair da sala de aula somente quando for caso extrema necessidade.
26. Quando usar o banheiro, não esquecer de dar descarga tendo cuidado para não quebrar, lavar as mãos e fechar a torneira.
27. Não desperdiçar água.
28. Na biblioteca, manter silêncio, organização e ter cuidado com o manuseio dos livros para não danificá-los.

PROCEDIMENTOS ADOTADOS PELO
NÃO CUMPRIMENTO DAS REGRAS
1a vez: Advertência verbal feita pela direção e os coordenadores

2a vez: Encaminhamento à direção e solicitação da presença dos responsáveis no dia subsequente a infração cometida. A presença dos responsáveis para ciência do fato ocorrido será obrigatória, pois precisamos ter um documento assinado para que, se houver reincidência possamos levar o caso ao Conselho de Escola.

3a vez: Encaminhamento do aluno ao Conselho de Escola, para apreciação do caso.

Procure promover a paz e estude para ter sucesso no ano de 2011!

Decálogo do Bom Professor

A função do bom professor do século XXI não é apenas a de ensinar, mas de levar seus alunos ao reino da contemplação do saber.

Eis, então, os dez passos na direção de uma pedagogia do desenvolvimento humano:

1.º - Aprimorar o educando como pessoa humana
A nossa grande tarefa como professor ou educador não é a de instruir, mas a de educar o nosso aluno como pessoa humana, como pessoa que vai trabalhar no mundo tecnológico, mas povoado de sentimentos, dores, incertezas e inquietações humanas.

A escola não se pode limitar a educar pelo conhecimento destituído da compreensão do homem real, de carne e osso, de corpo e alma.

De nada adianta o conhecimento bem ministrado em sala de aula, se fora da escola o aluno se torna um homem brutalizado, desumano e patrocinador da barbárie. Educamos pela vida como perspectiva de favorecer a felicidade e a paz entre os homens.

2.º - Preparar o educando para o exercício da cidadania
Uma dos pontos altos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) é o reconhecimento da importância do ensino e aprendizagem de valores vinculados à cidadania na educação escolar.

Para isso, assinala a LDB, uma “bíblia sagrada” do bom professor, que o fim último da educação é a formação da cidadania, incorpora nas finalidades da educação básica, princípios e valores fundamentais que dão um tratamento novo e transversal ao currículo escolar.

Anterior à promulgação da LDB, sabe-se que, tradicionalmente, afora o trabalho das escolas confessionais ou religiosas, os valores vinham sendo ensinados, em sala de aula, de forma implícita, sem aparecer na proposta pedagógica da escola, configurando o que denominamos de parte do currículo oculto da escola.

A partir da nova LDB, promulgada em particular com os Parâmetros Curriculares Nacionais, ficou explicitado para todas as instituições de ensino o reconhecimento da importância do ensino e a aprendizagem dos valores na educação escolar, e doutra sorte, o Conselho Nacional de Educação (CNE), ao estabelecer as diretrizes curriculares para a educação básica, deu um caráter normativo à inserção e integralização dos conteúdos da educação em valores nos currículos escolares.

A ideia de que a educação em valores permeia os dispositivos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional pode ser observada à primeira leitura do artigo 2º, que, ao definir a educação como dever da família e do Estado, afirma que a mesma é inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tendo por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Depreende-se da leitura do artigo 2º da LDB que a educação em valores dá sentido e é o fim da educação escolar já que, junto com aquisição de conhecimentos, competências e habilidades, faz-se necessário a formação de valores básicos para a vida e para a convivência, as bases para uma educação plena, que integra os cidadãos em uma sociedade plural e democrática.

No seu artigo 3º, a LDB elenca, entre os princípios de ensino, vinculados diretamente à educação em valores, a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber (inciso II), pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; (inciso III); IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância (inciso IV) e gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino (inciso VIII).

O artigo 27 da LDB faz referência à educação em valores ao determina que os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda, as seguintes diretrizes “a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e a ordem democrática” (inciso I). A educação em valores deve ser trabalhada na educação infantil, ensino fundamental e no ensino médio, etapas, conforme a nova estruturação da Educação Básica, prevista na LDB.

No artigo 29, a LDB determina que a educação infantil, sendo a primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. É interessante assinala que a educação em valores se fundamental no respeito mútuo do desafio do professorado, do aluno e da família. Requer, pois, que as instituições de ensino utilizem o diálogo interativo, o envolvimento dos professores, alunos e seus pais ou responsáveis.

No que se refere ao Ensino Fundamental, a LDB aponta a educação em valores como principal objetivo desta etapa da educação básica, a formação do cidadão, mediante aquisição de conhecimentos através do desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como estratégias básicas o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo e de três competências relacionadas explicitamente com a educação em valores: a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade (inciso II); o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; (inciso III) e o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social (inciso IV). Para o Ensino Médio, a LDB, no seu artigo 35, aponta além do desenvolvimento cognitivo, que se caracteriza pela a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos (inciso I) e pela preparação básica do educando para o trabalho e a cidadania (inciso II) e explicitamente aponta o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; e mais ainda a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina (inciso IV).

A formação de valores vinculados à cidadania é a principal missão de uma escola verdadeiramente democrática e popular. A ética e a moral devem ser sistematicamente trabalhadas em sala para que o aluno, futuro cidadão, possa então, na vida em sociedade, saber conviver bem e em paz com o próximo. Se de um lado, primordialmente, devemos ter como grande finalidade do nosso magistério o ministério de fazer o bem às pessoas, fazer o bem é preparar nosso educando para o exercício exemplar e pleno da cidadania.

Ser cidadão não começa quando os pais registram os seus filhos no cartório nem quando os filhos, aos 18 anos, tiram as suas carteiras de identidade civil.

A cidadania começa na escola, desde os primeiros anos da educação infantil e estende-se à educação superior, nas universidades; começa com o fim do medo de perguntar, de inquirir o professor, de cogitar outras possibilidades do fazer, enfim, quando o aluno aprende a fazer-fazer, a construir espaço de sua utopia e criar um clima de paz e bem-estar social, político e econômico no meio social.

3.º - Construir uma escola democrática
A gestão democrática é a palavra de ordem na administração das escolas. Os educadores do no novo milênio devem ter na gestão democrática um princípio do qual não arredam pé nem abrem mão.

Quanto mais a escola é democrática, mais transparente é. Quanto mais à escola é democrática, menos erra, tem mais acerto e possibilidade de atender com equidade as demandas sociais.

Quanto mais exercitamos a gestão democrática nas escolas, mais os preparamos para a gestão da sociedade política e civil organizada. Aqui, pois, reside uma possibilidade concreta: chegar à universidade e concluir um curso de educação superior e estar preparado para tarefas de gestão no governo do Estado, nas prefeituras municipais e nos órgãos governamentais.

Quem exercita a democracia em pequenas unidades escolares, constrói um espaço próprio e competente para assumir responsabilidades maiores na estrutura do Estado. Portanto, quem chega à universidade não deve nunca descartar a possibilidade de inserção no meio político e poder exercitar a melhor política do mundo, a democracia.

4.º - Qualificar o educando para progredir no mundo do trabalho
Por mais que a escola qualifique os seus recursos humanos, por mais que adquira o melhor do mundo tecnológico, por mais que atualize suas ações pedagógicas, era sempre estará marcando passo frente às novas transformações cibernéticas, mas a escola, através dos seus professores, poderá qualificar o educando para aprender a progredir no mundo do trabalho, o que equivale a dizer oferecer instrumentos para dar respostas, não acabadas (porque a vida é um processo inacabado), às novas questões sociais, sem medo de perdas, sem medo de mudar, sem medo de se qualificar, sem medo do novo, principalmente o novo que vem nas novas ocupações e empregabilidade.

5.º - Fortalecer a solidariedade humana
É papel de a escola favorecer a solidariedade, mas não a solidariedade de ocasião, que nasce de uma catástrofe, mas do laço recíproco e quotidiano e de amor entre as pessoas.

A solidariedade que cabe à escola ensinar é a solidariedade que não nasce apenas das perdas materiais, mas que chega como adesão às causas maiores da vida, principalmente às referentes à existência humana.

Enfim, é na solidariedade que a escola pode desenvolver, no aluno-cidadão, o sentido da sua adesão às causas do ser e apego à vida de todos os seres vivos, aos interesses da coletividade e às responsabilidades de uma sociedade a todo instante transformada e desafiada pela modernidade.

6.º - Fortalecer a tolerância recíproca
Um dos mais importantes princípios de quem ensina e trabalha com crianças, jovens e adultos é o da tolerância, sem o qual todo magistério perde o sentido de ministério, de adesão aos processos de formação do educando.

A tolerância começa na aceitação, sem reserva, das diferenças humanas, expressas na cor, no cheiro, no falar e no jeito de ser de cada educando.

Só a tolerância é capaz de fazer o educador admitir modos de pensar, de agir e de sentir que diferente dos de um indivíduo ou de grupos determinados, políticos ou religiosos.

O fortalecimento da tolerância recíproca só é possível quando, na escola, há respeito à liberdade e o apreço à tolerância, que são inspirados nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana. O educando, no processo de formação escolar, tem necessidade de amar e compreender. Da mesma forma, o professor, no exercício de seu magistério, tem necessidade de ser amado e ser compreendido.

Assim, a necessidade de amar do aluno e o desejo de ser amado do professor nunca andam separados, são à base de uma relação fraterna e recíproca entre professor e aluno.

Uma criança quanto mais sente que é amada, mais disciplinada estará para receber a ministração das aulas. Onde não há reciprocidade, isto é, o amor do aluno para com o professor e do professor para com seu aluno, não assimilação ativa, não há a razão de ser da educação escolar: o desenvolvimento do educando como pessoa humana.

A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a Lei 9.394, promulgada em 1996, trouxe as bases do que venho denominando, nos meios acadêmicos, de Agapedia, a Pedagogia do Amor.

É a LDB que nos oferece os dois mais importantes princípios da Pedagogia do Amor: o respeito à liberdade e o apreço à tolerância, que são inspirados nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana. Ambos têm por fim último o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania ativa e sua qualificação para as novas ocupações no mundo do trabalho. Na educação infantil, a Pedagogia do Amor torna possível o cumprimento do desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, na medida em que o processo didático complementa a ação da família e da comunidade.

No ensino fundamental, a Pedagogia do Amor se dá em dois momentos: no primeiro, no desenvolvimento da capacidade de aprendizagem do educando, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores e, no segundo momento, no fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

No ensino médio, a Pedagogia do Amor se manifesta na medida em que nós, professores e futuros professores, aprimoramos o educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.

Na educação superior, há lugar também para a Pedagogia do Amor. Ela se manifesta no momento em que os professores estimulam o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular, os nacionais e regionais. É a Agapedia que leva os alunos à prestação de serviços especializados à comunidade e estabelece com esta uma relação de reciprocidade.

7.º - Zelar pela aprendizagem dos alunos
Muitos de nós, professores, principalmente os do magistério da educação escolar, acreditam que o importante, em sala de aula, é o instruir bem, ou seja, ter domínio de conhecimento da matéria que ministra na aula.

No entanto, o domínio de conhecimento não deve estar dissociado da capacidade de ensinar, de fazer aprender. De que adianta ter conhecimento e não saber, de forma autônoma e crítica, aplicar as informações?

O conhecimento não se faz apenas com metalinguagem, com conceitos a, b ou c, mas sim, com didática, com pedagogia do desenvolvimento do ser humano, sua mediação fundamental.

O zelo pela aprendizagem passa pela recuperação daqueles que têm dificuldades em assimilar informações, seja por limitações pessoais ou sociais. Daí a necessidade de uma educação dialógica, marcada pela troca de ideias e opiniões, de uma conversa colaborativa em que não se cogita o insucesso do aluno.

Se o aluno fracassa, a escola também fracassou. A escola deve riscar do dicionário a palavra FRACASSO. Quando o aluno sofre com o insucesso, também fracassa o professor.

A ordem, pois, é fazer sempre progredir, dedicar mais do que as horas oficialmente destinadas ao trabalho e reconhecer que o nosso magistério é missão, às vezes árdua, mas prazerosa, às vezes sem recompensa financeira condigna que merecemos, mas que pouco a pouco vamos construindo a consciência na sociedade, principalmente a política, de que a educação, se não é panaceia, é o caminho mais seguro para reverter às situações mais inquietantes e vexatórias da vida social.

É preciso que a escola ensine aos educandos como se dão as coisas relativas ao conhecimento da linguagem, como se processa a informação linguística. E isso serve não só para o ensino da língua materna como também para as demais disciplinas escolares.

Um cálculo como 34 x 76 tem muito a ensinar além do resultado. Há o processo (as etapas de uma operação matemática) que deve ser visto como algo mais significativo no ensino e, por que não dizer, mais significativo, também, no momento da avaliação formativa.

As crianças precisam aprender e apreender essas informações da linguagem, da leitura, da escrita e do cálculo, com clareza e de forma prazerosa, lúdica. Quem sabe, ensina.

Quem ensina, deve saber os conteúdos a serem repassados para o aluno. A escola precisa levar as crianças ao reino da contemplação do conhecimento. Vale o inverso: a escola deve levar o reino do saber às crianças.

Nas ruas, as crianças não aprenderão informações linguísticas. Farão claro, hipóteses, extraídas, quase sempre da fala espontânea. É nas escolas, com bons professores, que aprenderão que essas informações lhes darão habilidade para a leitura e para a vida fora da escola.

Nos lares, a tarefa de reforço do que se aprender na escola se constitui um complemento importante, desde que os pais se sintam parte do processo. Aliás, a educação escolar, de qualidade, é um dever das instituições de ensino. Doutra, dever, também, compartilhado por familiares e corresponsabilidade dos que operam com os saberes sistemáticos, que envolve a sociedade

8.º - Colaborar na articulação da escola com a família
O professor do novo milênio deve ter em mente que o profissional de ensino não é mais pedestal, dono da verdade, representante de todos os saberes, capaz de dar respostas para tudo.

Articular-se com as famílias é a primeira missão dos docentes, inclusive para contornar situações desafiadoras em sala de aula.

Quanto mais conhecemos a família dos nossos alunos, mais os compreendemos e os amamos. Uma criança amada é disciplinada. Os pais, são, portanto, coadjuvantes do processo ensino-aprendizagem, sem os quais a educação que damos fica incompleta, não vai adiante, não educa.

A sala de aula não é sala-de-estar do nosso lar, mas nada impede que os pais possam ajudar nos desafios da pedagogia dos docentes nem inoportunos é que os professores se aproximem dos lares para conhecerem de perto a realidade dos alunos e possam, juntos, pais e professores, fazer a aliança de uma pedagogia de conhecimento mútuo, compartilhado e mais solidário.

9.º - Participar ativamente na proposta pedagógica da escola
A proposta pedagógica não deve ser exclusividade dos diretores da escola. Cabe também ao professor participar do processo de elaboração da proposta pedagógica da escola, até mesmo para definir de forma clara os grandes objetivos da escola para os seus educandos.

Um professor que não participa se trumbica se perde na solidão das suas aulas e não tem como se tornar participante de um processo maior, holístico e globalizado. O mundo globalizado para o professor começa por sentir parte ativa no terreno das decisões da escola, da sua organização administrativa e pedagógica.

10.º - Respeitar as diferenças
Se, de um lado, devemos levantar a bandeira da tolerância, como um dos princípios do ensino, o respeito às diferenças conjuga-se com esse princípio, de modo a favorecer a unidade na diversidade, a semelhança na dessemelhança. Decerto, o respeito às diferenças de linguagem, às variedades linguísticas e culturais é a grande tarefa dos educadores do novo milênio.

O respeito às diferenças não tem sido uma prática no nosso quotidiano, mas, depois de cinco séculos de civilização tropical, descobrimos que a igualdade passa pelo respeito às diferenças ideológicas, às concepções plurais de vida, de pedagogia, às formas de agir e de ser feliz dos gêneros humanos.

O educador deve, pois, ter a preocupação de se reeducar de forma contínua, uma vez que, a nossa sociedade ainda traz no seu tecido social as teorias da homogeneidade para as realizações humanas, teoria que, depois de 500 anos, conseguiu apenas reforçar as desigualdades sociais.

A nossa missão, é dizer que podemos amar viver e ser felizes com as diferenças, pois, nelas encontraremos as nossas semelhanças históricas e ancestrais: é, assim, a nossa forma de dizer ao mundo que as diferenças nunca diminuem, mas, somam valores e multiplicam os gestos de fraternidade e paz entre os homens.

Pela manhã, o bom religioso abre o livro sagrado e reflete sobre o bem e o mal. Por um feliz amanhã, o bom professor abre a LDB e aprende a conciliar o conhecimento e a humanidade.

Leia também:
• Procuram-se professores - Jussara Hoffmann
• Repensando a educação - Lucilene Tolentino Moura

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A produção textual nossa de cada dia

ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL
ELZE MENDES DE AGUIAR
“FORMANDO COM DIGNIDADE E COMPROMISO”

“Tudo que você faz de positivo na educação reflete na sociedade”. Qualidade a serviço do aluno... Um projeto de todos!

A produção textual nossa de cada dia
“É possível produzir textos sem estar alfabetizado”?
Quando isso acontece?
É possível estar alfabetizado e não saber produzir textos?
Por que isso acontece?”

As perguntas nos levam a uma análise da nossa prática pedagógica enquanto professores alfabetizadores das séries iniciais do Ensino Fundamental. As suas dimensões se ampliam quando nos deparamos com alunos que se quer frequentaram a Educação Infantil, desconhecendo, na maioria das vezes, o universo variado da leitura e escrita.
Para contribuir com a minha reflexão e a do caro leitor ou leitora, fui buscar “ajuda dos universitários” e encontrei nas pesquisas da prof. Rosaura Soligo (2006), um artigo apresentado pelo Instituto Paulo Montenegro-IPOBE, onde mostra dados da pesquisa de 2003 realizada nacionalmente com duas mil pessoas entre 15 e 64 anos, de diversas classes sociais em todas as regiões do Brasil onde foi constatado, após entrevista, o seguinte:
Apenas 26% leem fluentemente, 9% são analfabetos e os demais foram classificados em três níveis variando entre aqueles que conseguem encontrar uma informação explicita num texto curto (31%) aqueles que conseguem encontrar uma informação não explicita em um texto um pouco maior (34%) e os outros (26%) são aqueles que conseguem estabelecer relações entre os diversos elementos do texto.
A conclusão da pesquisa é que apenas um terço da população brasileira são leitores proficientes.
E a produção de texto? O uso social da escrita? Como tem sido o nosso trabalho em prol da formação de alunos produtores de texto?
Este tema – PRODUÇÃO DE TEXTOS - foi discutido a partir de uma pesquisa realizada em escolas públicas pelo PROFA (Programa de Formação de Professores).
Com base nessa pesquisa (do Profa.) compreendi e repasso aqui para vocês que, historicamente, viemos de um processo de ensino-aprendizagem que enfatizava, ou enfatiza ainda, a aprendizagem do sistema de escrita, como codificação e decodificação, para depois aprender a produzir texto. Partíamos (partimos) das sílabas, palavras, pequenas frases, ate chegar a produzir pequenos textos. Vale salientar que, em sua maioria, esses textos surgiam (surge) a partir de junções de frases já trabalhadas, muitas vezes sem os elementos de coesão textual. Dessa forma o aluno deveria dominar primeiramente o sistema de escrita e gradativamente ampliar sua competência escritora.
Só que muitos alunos não conseguiam, e não conseguem ainda, ampliar essa competência escritora e aí está outro problema, a escola acaba formando alunos que são alfabetizados, mas não são considerados letrados.
Qual a diferença entre Alfabetização e Letramento? Para Telma Weisz (PROFA, 2000) Alfabetização é a “capacidade de decodificar e ler autonomamente. É uma parte pequena, mas importante, de um processo muito maior que é a aprendizagem da língua” e Letramento para a autora é um “conjunto muito mais amplo de conhecimentos que permite participar do universo letrado”.
Entendo letramento como a participação da pessoa, pelo uso constante da leitura e da escrita, no espaço social e no mundo.
E Telma Weiz complementa que, “para participar do mundo de hoje é preciso ler e escrever bem, é preciso saber escrever a língua das classes dominantes.” São competências que se diferem em alguns aspectos, mas se complementam, pois para que um aluno se interaja, de fato, na sociedade letrada é preciso estar alfabetizado, conhecer o sistema de escrita e dominar essa escrita, a partir de sua função social. É preciso saber se comunicar por meio desta escrita e tê-la como instrumento de oportunidades de ampliação de conhecimento, de trabalho e de cidadania. Cidadania é também não estar á margem da sociedade, como acontece com os analfabetos funcionais, que até podem dominar o sistema de escrita, mas não são leitores e escritores proficientes.
Na Antiguidade grega o autor era quem compunha e ditava para ser escrito por um escriba, a colaboração desse escriba era transformar os enunciados em marcas gráficas permanentes, que era considerada uma tarefa menor, esta função pouco contribuía para a grandeza da filosofia ou do teatro grego. (PCN, 1997, p.33) Demonstra, portanto, que a capacidade de produzir um texto não esta vinculada ao domínio do bê-á-bá e, portanto não é pré-requisito para o inicio do ensino da língua e nos mostra ainda que esses dois processos podem e devem ocorrer simultaneamente, um diz respeito à aprendizagem de um conhecimento de natureza convencional (a escrita alfabética) e o outro refere-se à aprendizagem da língua que usa para escrever (Epilinguística).
Se o produtor do texto é quem cria o discurso e não quem o grafa então não há necessidade de deixar para produzir textos somente após o domínio da correspondência fonográfica das palavras e de algumas convenções ortográficas, essa pedagogia de transmissão oral para ensinar a língua que se usa para escrever facilita a compreensão de textos socialmente reconhecidos e que devem fazer parte do dia-a-dia da sala de aula, pois fora da escola escrevem-se textos com gêneros definidos e com interlocutores reais, e na maioria das vezes na escola escrevem-se textos escolares, sem muita função social, sem interlocutores de fato, e, portanto poucos contribuem para o letramento dos alunos.
Se o aluno for colocado em contato com a diversidade textual, já na Educação Infantil, e em casa pelos próprios pais, o mais cedo ele compreenderá questões que são importantes para compreender como se pode ler o que está escrito, que se lê da esquerda para a direita, como os textos são organizados graficamente etc. coisas que para os adultos escolarizados é simples, mas para a criança é algo desconhecido e é tendo contato com esses textos que essas questões vão sendo resolvidas por elas.
Quando a criança tem a oportunidade de produzir textos, sem ainda dominar a escrita convencional, tendo uma pessoa como escriba, ela coloca em jogo diversas questões sobre a comunicação, como a quem se escreve, qual a mensagem que se deseja transmitir, como organizar as ideias, as questões de concordância, coesão e coerência textual, e nesse aspecto o trabalho do professor é essencial, pois ele tem a oportunidade de discutir com o aluno, ou com os alunos, a forma correta de escrever, e ainda que se fale de maneiras diferentes, mas no momento de escrever tem que seguir as normas da língua, no nosso caso a Língua Portuguesa brasileira. Mas vale lembrar aqui que,
(...) a ênfase que se esta dando ao conhecimento sobre as características discursivas da linguagem – que hoje sabe-se essencial para a participação no mundo letrado - não significa que a aquisição da escrita alfabética deixe de ser importante. A capacidade de decifrar o escrito é não só condição para a leitura independente como - verdadeiro rito de passagem - um saber de grande valor social. (PCN, 1997, p.34)
O PCN deixa claro que precisamos ensinar a criança a escrever convencionalmente, mas não deixar de ensiná-los também a língua que se usa para escrever socialmente. Rosaura Soligo (2006, p.03) diz ainda,
A realidade vem nos mostrando que, quando o foco principal das práticas de ensino da língua é a alfabetização, no sentido estrito, é enorme o risco de a escola “produzir” analfabetos funcionais: alunos que “tecnicamente” saberiam ler e escrever, porque conhecem a correspondência entre letras e sons, mas não conseguem compreender o que lê tampouco se comunicar por escrito. E quando o foco das práticas de ensino é exclusivamente o uso da linguagem em diferentes contextos, corre-se o risco de formar alunos letrados, mas que demoram a se alfabetizar.
Fez-se necessário enfatizar estas duas questões apresentadas, pois o objetivo deste texto é discutir a prática de produção de texto dos alunos da Alfabetização e das séries iniciais do Ensino Fundamental, mas não desmerecer a relevância do domínio do sistema de escrita. A ênfase a partir daqui é no trabalho com a formação de alunos leitores e produtores de textos, trabalho que deve ser realizado concomitantemente à alfabetização.
Contudo, percebo que até há investimentos em teoria, mas em relação à prática falta efetividade. E compreendo também o quanto é importante a nossa formação continuada, que nos possibilite adquirir competências e habilidades para trabalhar com os alunos da Educação Infantil e das Séries Iniciais do Ensino Fundamental, e principalmente, nos instrumentalizar para que possamos fazer as intervenções pedagógicas adequadas e promover de fato, o avanço dos alunos em suas hipóteses de escrita, leitura e a língua que se usa para escrever.

“Pesquisa de internet”
Assim, como eu, BOAS REFLEXÕES!
E o resultado destas, não deixe de compartilhar conosco.
Abraço.
Mucambo ,janeiro de 2011

A produção de textos nas escolas

ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL
ELZE MENDES DE AGUIAR
“FORMANDO COM DIGNIDADE E COMPROMISO”

“Tudo que você faz de positivo na educação reflete na sociedade”. Qualidade a serviço do aluno... Um projeto de todos!

A produção de textos nas escolas
(Flávio Alves da Silva)
PRODUÇAO TEXTUAL: DIFERENTES ABORDAGENS
A escrita, enquanto produção de texto, não se constitui em um ato de solidão, de intimidade exclusiva entre o produtor e o texto.

A pratica da escrita na escola é um fato monológico no qual o aluno escreve para si. Considera-se uma escrita para si pelo fato que apenas o aluno imprime significação ao texto produzido, sem levar em consideração os demais membros constituintes do processo de comunicação. A produção de texto é realizada dentro de uma perspectiva singular de linguagem. Dentro do contexto escolar a linguagem possui duas concepções, ambas de caráter monológico. A primeira traz a linguagem como expressão de pensamento, isto é, a escrita de um texto deve expressar a maneira qualitativa do pensamento de seu produtor. Essa concepção é fundamentada no uso da gramática normativa, com isso um texto bem escrito deve seguir as normas da língua culta normativista, e deve apresentar, de forma lógica, o pensamento de seu produtor, sem influências exteriores. A segunda tem a linguagem como instrumento de comunicação que leva uma informação de um emissor para um receptor e exerce apenas essa finalidade. Segundo essa concepção o texto traz em si o objetivo estrito e restrito de transmitir, de transportar essa uma informação, sem interferências de ruídos comunicativos, deve ser conciso e objetivo.

A escola tem sua prática de produção textual sedimentada nessas concepções, reducionistas, da linguagem e da escrita. Na prática escolarizada o aluno/produtor elabora um texto simplesmente para obter uma nota preocupa-se apenas em levar uma informação acerca de determinado tema ao professor/receptor. Procura, simplesmente, moldar suas mensagens dentro das exigências gramaticais normativistas. O professor limita-se a uma prática gramaticalista de avaliação textual, na qual ele apenas assinalar/marca os erros no texto, subtrai os pontos da nota, e o devolve ao aluno sem apontar soluções para esses erros. Com isso o professor encerra essa atividade, não retornando a esse texto para, por exemplo, uma possível reescrita.

A produção textual é um processo dialógico que deve estar contido na escola, mas, também, vai além de sua jurisdição. A pratica da escrita também possui uma realidade, uma prática social e suas utilizações nessa realidade. Fatores que devem ser considerados pelo professor em sua postura mediadora do conhecimento. Essa prática social cobra dos produtores textuais e dos professores uma(s) utilização (ões), alguma(s) finalidade(s), onde e quando será útil a prática da produção textual. Para tanto, o professor deve buscar situações que coloquem o aluno em contato com essas questões e procurando soluciona-las. Busca-se situações/experiências da realidade do educando, procurando leva-los a trabalhar no campo das ideias concomitantemente ao trabalho no campo das palavras.

Os critérios do professor para analise do texto devem ser gramaticais e linguísticos em uma constituição interdependente. Dessa forma a linguagem e a produção textual adquirem outra concepção, uma formação dialógica na qual é levado em consideração todos os constituintes do processo comunicativo. Portanto, o texto abrange além de uma simples informação, insere-se nele outros fatores como as marcas pessoais do produtor, do contexto em que se estar inserido, da formação discursiva a que pertence da sua finalidade, etc. Com isso o texto constitui seus sentidos pela sua inserção num processo real de interlocução. O texto, assim como a linguagem, em sua formação dialógica é um processo contínuo, cíclico, é recheado de marcas, de vozes, de sujeitos que interagem e dialogam entre si.

Essa abordagem possibilita trabalhar o texto mais profundamente tornando-se possível, além da questão gramatical, uma abordagem crítica, um estudo das diferentes modalidades textuais e de suas estruturas e/ou esquemas abstratos, como também trabalhar questões como a intencionalidade, recursos e estratégias utilizadas para alcançar determinado (possível) objetivo, dentre outras questões. Sobretudo, para a efetivação de uma produção textual abrangente e formadora de produtores, as ações desenvolvidas na prática do ensino e da produção textual devem ser realizadas dentro do processo dialógico de construção do conhecimento.
PROPOSTA DE PRODUÇÃO DE TEXTO (adaptação )
JUSTIFICATIVA:
A turma do 5º Ano “C” da Escola Elze apresenta uma carência na produção textual. Os alunos possuem uma grande dificuldade na produção de textos quanto a sua conceituação em tipos de texto e gêneros textuais, além de possuírem uma prática de elaboração de textos restrita a prática escolarizada.

OBJETIVOS:
Geral:
- Elaborar diferentes tipos de textos de textos em diferentes gêneros textuais.
Específicos:
- Discernir o que é tipo de texto e gênero textual;
- Diferenciar prática escolarizada e prática social de produção de textos;
- Conhecer diferentes tipos de texto e gêneros textuais;

METODOLOGIA:
- Situação-problema - Contextualização;
- Estudo dirigido (conceituação de tipos de texto e gêneros textuais; Prática escolarizada x prática social);
- Leitura de textos em diferentes tipos e gêneros.
- Oficina de elaboração de textos (1º momento - produção individual; 2º momento - produção em grupos).

RECURSOS:
- Livros teóricos didático-pedagógicos;
- Textos diversos (livros, revistas, jornais, et.);
- Retroprojetor e transparências;
- Papel pardo e pincel;

AVALIAÇÃO:
A avaliação será contínua, através do acompanhamento da execução das atividades, observando o desenvolvimento das habilidades e competências individuais e coletivas para a resolução a situação-problema trabalhada. Observar-se-á as questões gramaticais e sociais como coerência e coesão, originalidade e criatividade, compromisso e responsabilidade, e a efetivação desses critérios dentro de uma relação dialógica.

________________________________________
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
• ABDALA, Nacir. Produção de texto: processo de avaliação/revisão.
• BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais. 1º e 2º ciclos do Ensino Fundamental. Brasília, 1998, pp. 65-70. Texto adaptado pela Professora Maria Margarete Pozzobon, CULP/ULBRA.
• CALIL, Eduardo. Lendo e produzindo textos científicos.
• GONÇALVES, Adair Vieira. O fazer significar por escrito.
• ____________. A produção de texto numa perspectiva dialógica.
• GRIBEL, Christiane. Minhas Férias pula linha, parágrafo. Rio de Janeiro: Salamandra, 1999.
• MARINHO, Janice Helena Chaves. A produção de textos escritos. In: Reflexões sobre a língua portuguesa: ensino e pesquisa. Belo Horizonte: Pontes, 1997.
• PAOLINELLI, Honoralice de Araújo Mattos. COSTA, Sérgio Roberto. Práticas de leitura/escrita em sala de aula.

Mucambo, Janeiro de 2011

sábado, 29 de janeiro de 2011

Atividades Recreativas

ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL
ELZE MENDES DE AGUIAR
“Formando com Dignidade e Compromisso”

EDUCAÇÃO CADA VEZ MELHOR, COMPROMISSO DE TODOS NÓS.
“TUDO QUE VOCÊ FAZ DE POSITIVO NA EDUCAÇÃO REFLETE NA SOCIEDADE”... QUALIDADE A SERVIÇO DO ALUNO... UM PROJETO DE TODOS.
ATIVIDADES RECREATIVAS

1. Jogo do Circulo
Duas equipes em colunas se posicionam em um canto da quadra, a frente de cada coluna haverá círculos, no outro lado da quadra haverá um mote de bilhas de papel. Um participante de cada equipe por vez irá atravessar a quadra pulando com os pés juntos dentro dos círculos, chegando do outro lado ele pegará apenas uma bolinha e voltará fazendo zigue-zague entre os círculos, chegando do outro lado dará um tapinha na mão do próximo e esse por sua vez irá fazer o mesmo processo. Casos algum participante pise fora do circulo na ida ou dentro na volta ele deverá voltar ao começo da fila e tentará novamente. No final de 1 minuto quem a equipe que pegar mais bolinhas será a campeã.
Material: Giz, bolinhas de papel ou qualquer outro material semelhante.

2. Gato e Rato
As crianças estarão espalhadas pelo espaço na posição sentada. Haverá um pegador (gato) e um fugitivo (rato). Ao sinal de início do monitor, o rato deve fugir e o gato procurar pegá-lo. O rato pode quando desejar tocar a cabeça de qualquer um que estiver sentado e este será o novo RATO e a criança que era o rato agora se senta. No decorrer da brincadeira aumentar o número de gatos e ratos gradativamente.
Uma variação desta brincadeira é fazer com que a criança (sentada) que for tocada na cabeça, transforme-se em um novo GATO e não um novo rato, como descrito anteriormente. Consequentemente o "antigo" GATO se transforma em RATO.


3. Pega o Rabo do Macaco
Cada criança possuirá um rabinho feito de fita ou papel. Tendo o objetivo de arrancar o rabinho do colega e ao mesmo tempo proteger o seu (dentro de um espaço restrito, como um salão). Não é permitido qualquer tipo de toque, como agarrar partes do corpo do colega, fora o rabinho ou mesmo esconder este com as mãos, no bolso, etc.
A crianças que tiver o seu rabinho pego, formará um círculo para diminuir o espaço dos participantes.
Material: rabinho de fita ou papel.

4. Grupo Músical
Objetivo Geral: Proporcionar formas de aproximar os participantes “quebra o gelo”, promovendo a integração do grupo, através de situações que permitam a troca de olhares, a fala e o toque.
Objetivo Específico: Socialização de grupo, visando o trabalho em grupo.
Conteúdo: Socialização de grupo, integração, coordenação motora, noção de ritmo, atenção, memória.
Recursos: Aparelho de som
Metodologia: O recreador irá tocar uma coletânea de 20 músicas pré-selecionadas, (30 segundos de cada música apenas.) Os participantes divididos em equipes e munidos de uma folha de papel terão que escrever em seqüência o nome do cantor e o nome da música que está tocando.

5. Mina
Objetivo Geral: Acompanhar o desenvolvimento motor dos alunos.
Objetivo Específico: Noção espacial, coordenação motora ampla, força, equilíbrio e agilidade.
Conteúdo: Atividades para sala de Aula.
Recursos: Bambolês, bexigas e barbantes.
Metodologia: Deverão ser formadas equipes (3 a 4 integrantes), todos os membros das equipes receberão bexigas cheias e com um barbante preso, os participantes deverão prender as bexigas (minas) aos pés e ficarão unidos aos companheiros dentro de um bambolê. O jogo consiste em aniquilar as minas inimigas (estourando com os pés as bexigas dos adversários), sem deixar que destruam as de sua equipe. Os participantes que tiverem suas minas explodidas não precisarão sair da atividade. Será vitoriosa a equipe (trio ou quarteto) que conseguir manter o maior número de bexigas presas aos pés.

6. Pac Man
As crianças ocupam linhas (linhas de todas as marcações da quadra. Num determinado espaço. Um aluno é escolhido para ser o Pac Man, que irá perseguir os demais. Ao serem tocados, deverão ficar de cócoras impedindo a passagem dos que continuam. Apenas o Pac Man, poderá pular por cima deles. O Novo Pac Man será a última criança a ser tocada.

7. Basquete Gigante
Quatro crianças em cada lado, uma criança será a cesta, onde as crianças vão jogar, esta cesta será móvel para dificultar. As crianças só vão poder fazer a cesta quando a bola passar por todos da equipe e assim segue a brincadeira, pode-se modificar as regras para ficar mais difícil.

8. Futebol Quatro Apoios
Objetivo Geral: Iniciar os alunos nos esportes
Objetivo específico: incentivar as crianças a gostarem de atividades esportivas e entender as regras do jogo de forma lúdica.
Conteúdo: a brincadeira consiste em ganhar fazendo um gol.
Recursos: bola e objetos que possam demarcar o gol;
Metodologia: divide-se o grupo em times de cinco integrantes, sendo que um ficará no gol. Os alunos devem ficar em posição de quatro apoios e assim se locomover, chutar.

9. Palavra Chave
Objetivos Gerais: agilidade no raciocínio, atenção, rapidez.
Objetivos específicos: Interdisciplinaridade.
Recursos: folhas de papel, canetas, quadro e giz.
Metodologia: equipes de seis integrantes, cada um corre até o papel que está a uns três metros de distância e escreve uma palavra, volta para a coluna e passa a caneta para o próximo da sua coluna, este faz a mesma coisa e assim por diante até que todos tenham escrito a sua palavra, aí a equipe escreve uma frase utilizando todas as palavras.

10. Homem Cola
Objetivos Gerais: Desenvolver a motricidade dos alunos
Objetivos Específicos: Desenvolver a expressão corporal.
Recursos: papel, caneta hidrocor, tesoura.
Metodologia: uma criança será o pegador, a pessoa que ela pegar terá que colar as mãos no chão; o “efeito” da cola passa quando alguém saltar sobre ele.

11. Corrida do Jornal em Dupla
Objetivo: socialização, equilíbrio, agilidade.
Material: jornal, barbante.
Local: fechado/aberto
Formação: um grupo
Organização: em duplas formando duas fileiras, unidos por barbantes nos tornozelos, de posse, cada dupla, de duas folhas de jornal.
Desenvolvimento: após a organização, cada dupla ficará sobre um jornal e colocará outro à frente. Ao segundo momento, o jornal que ficou para trás, para sua frente, repetindo o gesto até que ultrapassem a linha de chegada. Sinal do professor, a dupla passará para o jornal da frente e puxará num segundo momento, o jornal que ficou para trás para frente, repetindo o gesto até que ultrapasse a linha de chegada.

12. Mia, Gato!
Objetivo: interação entre o grupo, percepção, criatividade.
Material: lenço, bengala.
Local: aberto/fechado
Joga – se de pé, fazendo roda de mãos dadas. Vai uma pessoa para o meio com os Olhos vendados, segurando uma bengala, essa pessoa baterão a bengala ou uma varinha numa das pessoas da roda, e diz:
Mia gato
Mia gato.
Essa outra pessoa é obrigada a miar, disfarçando a voz para não ser conhecida.
Se o for, substituía a que está no centro, além de pagar prenda, assim sucessivamente.

13. Atitude Inversa
Objetivo: atenção, raciocínio.
Local: fechado/aberto
Objetivo: coordenação, percepção.
Desenvolvimento: O professor organizará um circulo com todos os alunos, que deverão estar em pé. A ordem é todos estarem atentos às explicações do professor.
Quando o professor disser Cruzar Os Braços, todos os alunos deverão levantá–los e, quando disser Levantar os Braços, todos os alunos deverão cruzá–los.

14. Atravessando o Rio
Forma - se uma fila e dois riscos no chão de 50 cm de distancia que será o rio.
Ao dar o sinal o aluno tenta pular as riscas se conseguir vai para o final da fila se nal conseguir é eliminado.
Quando todos pularem vai aumentando o tamanho das riscas ate que não sobre mais ninguém.
Proporciona uma melhora dos aspectos motores.
Conteúdo: recreativa.

15. Brincadeiras das Cores
Após montar uma roda se coloca seis cartões com cores diferentes.
Chama-se um aluno e fala para olhar e observar bem as cores e logo em seguida colocar uma venda em seus olhos e tirar um cartão enquanto os alunos fazem alguma coisa.
Então o professor tirará a venda e o aluno deverá ver qual cor esta faltando lhe perguntando: - Qual foi o cartão que desapareceu.
E o aluno deverá falar a cor, se acertar irá outro em seu lugar se errar tem uma nova tentativa.
Proporcionando um desenvolvimento cognitivo.
Conteúdo: recreativas.

16. Bandeirinha
Desenvolvimento: Os participantes serão divididos em dois grupos, e cada grupo possuirá uma bandeirinha, que ficará localizada no lado adversário o objetivo é buscar a bandeirinha do adversário sem ser tocado quando passar pelo campo deles e voltar para o campo de origem.
Metodologia: Essa atividade pode ser dada como variação de queimada e busca desenvolver agilidade , estratégia de jogo e atenção.
Recursos: Serão necessário a quadra do colégio e duas bandeirinhas.

17. Coelho e Caçador
Desenvolvimento: Em uma grande roda, formam-se duplas. Um coelho e um caçador. Quando o coelho pegar na mão de um da dupla, o outro virará coelho, sendo pego virará caçador, ou se sair do círculo, também virará caçador. Sempre serão duplas nunca podendo ficar trios.
Variações: A pessoa que estiver no comando da brincadeira poderá dizer também:
Coelhinho sai da toca pela porta da frente;
Coelhinho sai da toca pela porta dos fundos;
Coelhinho sai da toca por cima;
Coelhinho sai da toca por baixo
Toca sai a procura de outro Coelhinho;
Desmancha tudo(Toca e Coelho) e forma tudo outra vez.
Metodologia: Esta atividade trabalhará agilidade, equilíbrio, flexibilidade, velocidade, atenção, interação.
Recursos: Local adequado para efetuar a brincadeira, como a quadra do colégio.

18. Cobra Cega
Formar uma roda. Escolher um aluno que ficará no centro, com os olhos vendados: este será a cobra-cega. Ao sinal, a roda contada gira para a esquerda ou para a direita. Em um dado momento, a roda para. A cobra-cega devera apontar para um dos alunos, que sai da roda e vai para o centro. A cobra-cega poderá tocar no aluno pra tentar adivinhar quem é, se acertar, passará para a roda, vedando os olhos do colega que ficara em seu lugar.

19. Colocar o Rabo no Leão:
Em sala de aula, o professor desenha no quadro um leão sem o rabo, a seguir escolhe um aluno, vedando os seus olhos e ele, com um giz na mão, tentara desenhar o rabo do leão no lugar certo. Os demais poderão ajudar, indicando a direção (para a direita, para a esquerda, para cima e para baixo), o jogo poderá ser realizado entre equipes.

20. Banho de Papel
O aluno irá imaginar que vai tomar banho e para isso usará uma folha de papel amassada como sabonete:
• Fazer o movimento de tirar a roupa;
• Abrir o chuveiro e começar a “Tomar banho”, esfregando as partes do corpo assim:
• O lado de cima da cabeça;
• À parte de trás da cabeça;
• O lado direito da cabeça e a orelha esquerda;
• O lado esquerdo da cabeça e a orelha direita;
• O ombro direito, o lado da frente do tórax, o lado de trás;
• O braço direito pela frente e por trás;
• O braço esquerdo pela frente e por trás.
• Enxugar-se e secar-se, usando o papel desamassado como toalha.

21. Agindo Rápido
Objetivo: Exercitar o potencial criativo e agilidade de raciocínio.
Faixa etária: 10 anos acima
Local: Sala de aula
N. de participantes: 05 a 30
Desenvolvimento: Distribui-se um questionário da jogo para cada participante e solicita para que mantenham o questionário virado para baixo para até o aplicador dar o início.
Utilizando-se de um marcador de tempo qualquer marca-se 05 minutos para a conclusão do questionário.
Após faça a correção do questionário em conjunto.

22. Você é Disciplinado
Objetivo: Aquecer, desenvolver a criatividade, exercitar a percepção.
Faixa etária: 08 anos acima
Local: Sala de aula
N. de participantes: 5 a 30
Desenvolvimento: Distribui-se o questionário do jogo para cada participante, e solicita-se para que mantenha o questionário voltado para baixo para que todos comecem simultaneamente.
Após isso o aplicador utilizando-se de um marcador de tempo qualquer informará que terão apenas 3 minutos para concluirem o questionário.
Correção da atividade explicando a moral do jogo, podendo recompensar o participante que obteve 100%.

23. Teste de Memória
Objetivo: Exercitar a memória e agilidade de raciocínio
Faixa etária: 08 anos acima
Local: sala de aula
N. de participantes: 05 a 30
Desenvolvimento: Com a folha padrão em poder do aplicador, com 6 a 9 quadrículas enumerados seqüencialmente e contendo qualquer desenho ou inscrição em seu interior.
Chame a atenção dos participantes para que terão 30 segundos para visualizar a folha padrão, após isto os participantes trancreverão para suas folhas obedecendo a seqüência os desenhos e inscrições vistas na folha padrão, definindo um tempo máximo de 1 minuto para que isso ocorra.

24. Estátua
O professor pede para que a turma fique dispersa, logo coloca uma música para que todos dancem, quando a música parar (será controlada pelo professor), todos devem ficar em estátua. O professor em frente de algum indivíduo faz brincadeiras mas, sem tocá-lo. Deve conseguir que algum dos alunos se mexa, o que se mexer paga um mico e então sai da brincadeira. O último que permanecer será o vencedor.

25. Rinha de galo
O professor divide a turma em dois grupos com mesmo número de participantes, dispondo-os em fileiras um em frente ao outro, com o espaço de sete passadas. No meio, o professor colocará um objeto. Cada participante será enumerado (as duas fileiras devem ser enumeradas com a mesma seqüência). Todos devem prestar atenção ao comando do professor, que falará um número. Os dois que tiverem esse número se dirige ao objeto com rapidez, quem pegar o objeto deve ter cuidado para que o outro colega não o toque, caso contrário o ponto será da outra equipe. Estipular pontuação, quem fizer mais pontos vencerá.

26. Corre Cutia
Desenvolvimento: Os alunos assentam-se formando uma roda .do lado de fora da roda o professor escolhe um aluno,que fica segurando uma bola ou outro objeto qualquer.
A um sinal do professor, o aluno que esta do lado de fora da roda começa a andar mais de pressa, circulando em roda , para escolher um colega, em que ira colocar a bola.
Enquanto isso os aluno da roda começam a cantar;
Corre cutia
De noite e de dia
De baixo da cama de dona Maria
Eu tenho um cachorrinho
Chamado Totó
Ele pula, ele brinca
Numa perna só
Quando o aluno da roda perceber que a bola esta de traz dele, pegara a bola e saíra correndo,tentando pegar o colega,antes que ele tome seu lugar.Se o aluno conseguir pega-lo,este ira para o centro da roda enquanto as crianças cantam:
Galinha choca
Comeu a minhoca
Saiu pulando feito pipoca.
Se não for pego, o colega reinicia a brincadeira, escolhendo outro colega para colocar a bola.
Recursos: Será utilizado somente uma bola ou um objeto em um local com espaço para que possa ser realizado a brincadeira

27. Barbante Maluco
Desenvolvimento: Na sala de aula , os alunos ficam assentados em suas carteiras,cada fileira formara uma equipe.O professor entrega ao primeiro aluno um rolo de barbante.A um sinal do professor o primeiro aluno de cada equipe de posse do rolo de barbante ficara em pé e passara o barbante pela sua cintura dando três voltas e entregara o rolo ao colega de traz,que fará o mesmo e assim por diante ate chegar ao aluno final.Quando o ultimo aluno da equipe terminar ,começara a desenrolar o barbante da cintura , enrolando-o outra vez no rolo e assim sucessivamente, até chegar de novo ao primeiro aluno.Será vencedor a equipe que entrega primeiro o rolo de barbante novamente enrolado.
Recursos: Nessa brincadeira utilizaremos somente rolos de barbante.

28. Estátua
Material: Bola
Idade: A partir de 06 anos
Objetivo: Coordenação motora, agilidade, atenção.
Desenvolvimento: Todos os jogadores devem estar enumerados e dispostos em círculo sendo que um dos jogadores fica disposto no centro com uma bola. Este jogará a bola para o alto (ou chão) e dirá o número que corresponda a algum dos jogadores. O jogador que foi citado deverá pegar a bola e dizer “estátua”. Feito isso todos os outros jogadores deverão ficar imóveis e o jogador em posse da bola deverá acertar qualquer um dos participantes. Se a pessoa for acertada estará automaticamente eliminada e se o atirador errar também estará eliminado.

29. Segurar as Bolas
Material: Bola
Idade: A partir de 07 anos
Objetivo: Atenção, coordenação motora
Desenvolvimento: Todos os jogadores dispostos em círculo em posse de duas bolas, sendo que o arremessador deve jogar a bola para outro jogador que não deve deixa-la cair no chão. Quem deixar cair a bola, joga-la errado ou passar a bola para uma pessoa que já esteja em posse de outra bola, estará eliminado. Se o nível de dificuldade estiver fraco pode-se aumentar a quantidades de bolas.

30. Pega-Pega de Pares
Material: Não há
Idade: A partir de 06 anos
Objetivo: Cooperação, coordenação motora, agilidade
Desenvolvimento: Jogadores, de mãos dadas e aos pares, dispersos no ambiente, sendo que o jogador que ficar sem par será o perseguidor. O perseguidor tentará segurar alguém para ser seu par, enquanto todos sempre de mãos dadas, tentarão fugir. Quando o perseguidor conseguir seu objetivo, o jogador que ficar sem par correrá em busca de outro parceiro. Assim prossegue sempre o jogo.

31. Último Par Fora
Material: Não há
Idade: A partir de 07 anos
Objetivo: Coordenação motora, agilidade
Desenvolvimento: Jogadores aos pares, formam duas colunas. À frente, a uma distância de cerca de dez metros, é traçada uma linha, onde fica o perseguidor. O perseguidor ao começar o jogo grita: “Ultimo par fora”. Os dois últimos jogadores, um de cada coluna estando separados, partem silenciosamente e passando a frente do perseguidor, um pela direita e outro pela esquerda, experimentam encontrar-se e dar um aperto de mão. Assim que transpuserem a linha, o perseguidor correrá a impedir que os dois se encontrem, bastando para tanto que toquem num deles. Se não conseguir, voltará ao mesmo posto, de onde novamente gritará “Último par fora”. E os dois irão ás respectivas colunas ocupando os primeiros lugares. Quando um dos parceiros for apanhado, este tomará o lugar do perseguidor, que irá com o outro formar o novo para da frente.

32. Ovo Choco
Material: Bola
Idade: A partir de 06 anos
Objetivo: Coordenação motora, agilidade
Desenvolvimento: Jogadores sentados e dispostos em círculo, sendo que um dos participantes deve ficar por fora do círculo em poder de uma bola. Este irá escolher uma pessoa e soltar a bola atrás das costas de algum dos participantes, e correr na mesma direção. O jogador que foi escolhido deverá pegar a bola e perseguir o companheiro tentando acertar a bola em seu corpo antes que ele consiga dar uma volta completa e sentar no local que ficou vago.

33. Corrida Shot-on-run
Material: Seis objetos quaisquer
Idade: A partir de 07 anos
Objetivo: Coordenação motora, agilidade, atenção
Desenvolvimento: Os jogadores divididos em duas colunas com a mesma quantidade de participantes. Numa distância de oito a dez metros serão feitos três círculos no chão (pequenos) para cada coluna. Em cada um dos círculos existirá um objeto. Ao sinal dado, o primeiro jogador de cada coluna deverá sair correndo, apanhar um a um os três objetos e colocar dentro do outro círculo que estará logo a frente da linha de partida. Quando ele colocar o terceiro objeto, ele deverá bater na mão do jogador seguinte e ir para o último lugar da coluna. O jogador seguinte irá correr e colocar novamente os três objetos dentro dos círculos pequenos e assim a brincadeira se desenvolve até todos os jogadores tenham participado. Ganha a equipe que completar o rodízio completo em menor tempo.


34. O Dono da Arena
Material: Não há
Idade: A partir de 07 anos
Objetivo: Agilidade, inteligência, equilíbrio
Desenvolvimento: Traça-se no chão uma circunferência de 1,0 a 1,5m de diâmetro. No centro do círculo ficam dois jogadores, de braços cruzados sobre o peito, apoiando-se somente em um dos pés, deixando o outro joelho flexionado para trás. Dado o sinal, eles começam a pular, empurrando um ao outro com os ombros, a fim de forçar o adversário a sair do círculo ou pisar na linha. A vitória será dada ao competidor que conseguir primeiro realizar o objetivo do jogo.

35. Jogo das Cores
Material: Não há
Idade: A partir de 07 anos
Objetivo: Percepção e atenção
Desenvolvimento: Os jogadores sentados em círculo dentro do ambiente. O chefe da brincadeira pede para que a pessoa indique um objeto da cor que ele indicar. Dirá por exemplo “verde” e conforme a habilidade do grupo concederá poucos segundos para a resposta. O jogador dirá: por exemplo “verde é a blusa de fulano”, o seguinte dirá “verde é a caneta de fulano”, até que alguém erre e saia da brincadeira. Constituirá falta dizer objeto que já tenha sido mencionado, citar uma cor errada, ou demorar muito tempo para responder a pergunta.

36. Minha Tia Voltou de Paris
Material: Não há
Idade: A partir de 10 anos
Objetivo: Memória e atenção
Desenvolvimento: Os jogadores dispostos em círculo. Um ao começar o jogo dirá: “Minha tia voltou de Paris e me trouxe” uma coleção de livros (por exemplo). Um a um os jogadores repetirão a expressão e acrescentando um novo objeto a cada vez, e na mesma ordem do citado anteriormente. O jogador que alterar a ordem ou omitir um dos objetos será desclassificado. Em seguida o jogador que iniciar pode começar com o objeto que quiser. Ganha o jogador que for o último a errar a expressão.

37. Montando Frases
Material: Tiras pequenas de papel
Idade: A partir de 10 anos
Objetivo: Criatividade
Desenvolvimento: São distribuídas para todos os jogadores algumas tiras de papel com algumas letras. Por exemplo: GMDV ou DAMV. Quando os alunos abrirem as tiras deverão montar o mais rápido possível uma frase coerente em que as palavras da frase iniciem com aquelas letras. Ex: GMDV – pode-se escrever “gosto muito de você”. É eliminado o aluno que montar a frase errada ou for o último a entregar a frase concluída.

38. Caçador de Vôlei
Material: Bola de voleibol
Idade: A partir de 11 anos
Objetivo: Agilidade, coordenação motora, atenção
Desenvolvimento: Esta é uma espécie de QUEIMADA ou CAÇADOR adaptado onde ao invés dos alunos segurarem a bola nos braços para não serem eliminados ou “queimados” eles devem fazer elementos do voleibol como toques ou manchetes, quando a bola vier ao seu alcance. O jogador poderá até fugir da bola desde que esteja executando a posição do toque ou manchete quando a bola vier em sua direção. Fica proibido o toque da bola no corpo sem que haja uma ação referente ao voleibol. Quanto aos jogadores que atiram a bola, eles devem fazer sempre imitando uma cortada com a mão espalmada.

39. Pisa no Milho
Objetivo: Socialização, Agilidade e Equilíbrio
Faixa etária: a partir dos 6 anos
Material: bamboles ou cordas
Local: aberto
Número de participantes: acima de 9 pessoas
Desenvolvimento: coloca-se 3 pessoas dentro de um bambole, sendo que todas estarão com uma bexiga presa aos seus calcanhares, e terão que protege-los, não deixando que sejam estourados, vencendo a equipe que perder menos balões.
Variação: pode ser feito com menos pessoas, ou até mesmo de mãos dada.

40. Qual é a Música?
Objetivo: Agilidade, Rasciocio Rápido,
Faixa etária: a partir dos 6 anos
Material: um aparelho de som, vários Cd´s, papel e caneta
Local: fechado ou aberto
Número de participantes: acima de 10, onde havendo a possibilidade de se colocar varias equipes.
Desenvolvimento: Iremos pedir para eles que anotem , de acordo com as musicas que forem tocando, o nome da musica ou a banda que estiver cantando, vencendo aquele que tiver o maior número de acertos.
Variação: dependendo da idade dos participantes, pode ser pedido que apenas completem a música.

41. Revezamento de Objetos
Objetivo: Rapidez e Agilidade
Faixa etária: a partir dos 7 anos
Material: alguns objetos (seja qual for)
Local: aberto
Número de participantes: acima de 15
Desenvolvimento: separa-se em equipes onde de um lado ficaram os participantes e do outro os objetos, quando ordenados, os participantes correram até os objetos e pegaram apenas um, fazendo esse trajeto até que se traga todos até o começo da fila, onde o próximo terá que conduzir os objetos de volta para o local de origem.
Variação: pode variar usando um objeto para não cansar muito a criança.


42. Bom Bom
Objetivo: Agilidade e Cooperativismo
Faixa etária: a partir dos 12 anos
Material: 12 talas de madeiras e 12 tirar de barbantes para amarra as talas e 3 bombons
Local: fechado ou aberto
Número de participantes: 3
Desenvolvimento: pede-se 3 voluntários, onde terão, nas juntas do braço e anti-braços, talas que serão prezas, impossibilitando que o mesmo consiga encostar em seu próprio nariz, sendo assim, coloca-se os 3 bombons em suas frente, onde terão que come-los sem usar de modos que não sejam os das mãos.

43. Handebol Unidos
Objetivo: Agilidade, Socialização e Raciocínio Rápido
Faixa etária: a partir dos 7 anos
Material: bola e tirar de pano
Local: aberto
Número de participantes: de 10 a 16
Desenvolvimento: amarra-se o pé direito com o pé esquerdo de outra pessoa, onde terão que defender as bolas jogadas por outras pessoas.
Variação: pode apenas pedir que segurem nas mãos, ou que os jogadores também segurem na mão de um amigo, formando uma dupla.

44. Salto em Distância
Objetivo: Agilidade e Impulsão
Faixa etária: a partir dos 7 anos
Material: Giz ou algo que marque o chão
Local: aberto
Número de participantes: de 10 a 20
Desenvolvimento: faz-se um risco, onde será a linha de pulo, dali pra frente a pessoa que pular mais longe vence


45. Roleta dos Nomes
Objetivo: Agilidade, Raciocínio Rápido
Faixa etária: a partir dos 8 anos
Material: nenhum
Local: aberto ou fechado
Número de participantes: de 10 a 15
Desenvolvimento: pede-se para que seja formado um circulo, onde 1 das pessoas começará falando um nome, ex: Beto e apontando para uma outra pessoa, onde essa terá que dizer um outro nome terá que conter, a última letra do nome dito pela 1º pessoa, ex: Beto = Osvaldo, e assim sucessivamente.
Variação: podemos colocar nomes de animais

46. Brincando com os Números
Objetivo: Agilidade de Raciocínio
Faixa etária: a partir dos 6 anos
Material: uma bolinha de tenis
Local: aberto ou fechado
Número de participantes: de 10 a 30
Desenvolvimento: separa-se em 2 equipes, onde no meio se colocaria uma bola, e que cada pessoa receberia um número par, em que após feito um calculo pelo professor, ex: 2x2=4, as pessoas que tem o número 4, teriam que correr ate o centro e pegar a bolinha, vencendo assim a equipe que mais vezes pegar a bolinha

47. Bandeirinha
Objetivo: Agilidade de Raciocínio, Socialização
Faixa etária: a partir dos 6 anos
Material: dois objetos, simbolizando uma bandeirinha
Local: aberto
Número de participantes: de 10 a 30 pessoas
Desenvolvimento: separa-se em 2 equipes, onde de cada lado, colocaremos um dos objetos, onde os componentes das equipes terão que tentar invadir o território da outra equipe, e resgatar o objeto, vencendo o que primeiro levar o objeto para a sua equipe

48. Pega Raposa
Objetivo: Agilidade e Raciocínio
Faixa etária: a partir dos 6 anos
Material: nenhum
Local: aberto
Número de participantes: de 12 a 20
Desenvolvimento: forma-se um circulo, onde de 2 em 2, estarão segurando uns as mãos dos outros, onde a raposa tentará pegar o coelho, tendo assim o coelho que segurar na mão de uma pessoa para se livra e o que estiver na ponta desse “trio” passa a ser o coelho.

49. Corrida do Barbante
Objetivo: Agilidade e Coordenação Motora
Faixa etária: a partir dos 6 anos
Material: 2 rolos de barbante
Local: aberto ou fechado
Número de participantes: de 6 a 12
Desenvolvimento: forma-se 2 filas, onde o primeiro passa o barbante 3 vezes em volta de sua cintura e passa pra trás, onde o de trás fará a mesma coisa, até que chegue ao final.

50. Futebol de 4
Objetivo: Agilidade e Resistência
Faixa etária: a partir dos 8 anos
Material: bola
Local: aberto
Número de participantes: de 10 a 12
Desenvolvimento: faríamos um futebol, porém de 4 apoios, ou de 4, onde fica proibido levantar para chutar.

51. Corrida com Obstáculos
Objetivo: Rapidez, Agilidade e Raciocínio
Faixa etária: a partir dos 7 anos
Material: alguns objetos
Local: aberto ou fechado
Número de participantes: acima de 10
Desenvolvimento: separa-se em equipes, onde de um lado ficaram os participantes e do outro os objetos e no trajeto uns cones, formulando um Zigue-Zague, quando ordenados, os participantes correram até os objetos e pegaram apenas um, voltando de ré por entre os cones,fazendo esse trajeto até que se traga todos até o começo da fila, onde o próximo terá que conduzir os objetos de volta para o local de origem

52. Amarelinha Maluca
Objetivo: Agilidade, Raciocínio e Atenção
Faixa etária: a partir dos 6 anos
Material: Giz para desenhar no chão
Local: aberto ou fechado
Número de participantes: de 2 a 8 participantes
Desenvolvimento: faz-se um retângulo, onde será dividido em 3 colunas e 4 fileiras, onde as colunas do meio serão numeradas de 1 a 4, daí a pessoa terá que pular no nº 1 com um pé e depois abrir para pular nas casas ao lado, daí pular de novo no meio para voltar e sair, daí pular no 2, depois nas casinhas laterais depois no 2 de novo, daí volta no 1, daí as laterais, volta no 1 e sai, e assim sucessivamente.
SOU GLAYDCE CONCEIÇÃO DAMASCENO ROCHA,TRABALHO NA ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL ELZE MENDES DE AGUIAR,NA CIDADE DE MUCAMBO.

COMO DESENVOLVER O HÁBITO DA LEITURA DE POESIA EM SALA DE AULA

COMO DESENVOLVER O HÁBITO DA LEITURA DE POESIA
EM SALA DE AULA
Luciana Cláudia de Castro Olímpio1
A poesia sensibiliza qualquer ser humano.
É a fala da alma, do sentimento. E precisa
ser cultivada.
Afonso Romano de Sant’Ana
Mesmo sabendo da importância da poesia na vida dos seres humanos
como mostra acima Afonso Romano, muitas escolas esqueceram-
na, principalmente nas séries iniciais, dando mais espaços, entre
aspas, para coisas mais importantes e mais sérias, como também para
textos em prosa, privando os alunos dessa “experiência inigualável”,
conforme caracteriza Maria Helena Zancan Frantz (1998, p. 80)
Neste artigo, enfatiza-se a necessidade de educadores, principalmente
nas séries inicias, pois o aluno só cria hábito se for iniciada desde
de muito cedo, trabalharem com poesia na sala de aula ou fora dela.
O objetivo não é transformar os discentes em grandes escritores
de poemas, até porque precisa-se ter dom para esta arte, mas sim transformá-
los em leitores aptos a interpretar e compreender o que o poeta
quis transmitir em meio aos versos, além de propor que os educandos
não percam a poesia que nasce neles desde quando as mães cantavam
cantigas de ninar para que dormissem e depois quando brincavam de
cantigas de roda, adivinhas, trava línguas etc..
Com esse objetivo, proponho alternativas de trabalhos com poesia
e didáticas para implantação tanto no Ensino Fundamental como para
o Ensino Médio baseadas nas idéias dos escritores relacionados no
parágrafo abaixo.
Vários autores vêm pesquisando as questões da leitura e de trabalhos
de poesias em sala de aula como Pinheiro (2002), Micheletti
(2001), Frantz (1997), Cunha (1986) e investigam as dificuldades que
os alunos possuem de interpretar estes textos, não só pela falta do co-
1 Luciana Cláudia de Castro Olímpio é professora da rede estadual de ensino do Estado do
Ceará. Graduada e pós-graduada em Letras pela Universidade Estadual Vale do Acaraú(
UVA), em Sobral, sob a orientação do professor Vicente Martins.
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nhecimento prévio, mas também pelo pouco contato que eles têm com
a poesia.
METODOLOGIA
Atualmente, a prática da leitura de poesia está um pouco esquecida
nas escolas. Isso ocorre devido ao pouco contato, desde os primórdios
de sua formação, dos educadores de Língua Materna.
Está claro que a personalidade do professor e particularmente, seus hábitos
de leitura são importantíssimos para desenvolver os interesses e hábitos
de leitura nas crianças, sua própria educação também contribui de forma essencial
para a influência que ele exerce. (Banberger, 1986)
Sem trair o escritor estudado, posso afirmar que se o professor
não tiver um hábito de ler poemas e não se sensibilizar ao ler uma poesia,
dificilmente conseguirá despertar esse interesse em seus alunos como
afirma Cunha (1986, p. 95):
... se o professor não se sensibilizar com o poema, dificilmente conseguirá
emocionar seus alunos.
Sabidos de que a poesia é um dos gêneros literários mais distantes
da sala de aula, é preciso descobrir formas de familiarizar e de aproximar
as crianças e os jovens da poesia. E essa forma de familiarização
e aproximação deve ser feita com parcimônia e através de um planejamento
para evitar as várias afirmações de que os poemas são de difíceis
interpretações e entendimento.
Pinheiro (2002, p. 23) afirma que “a leitura do texto poético tem
peculiaridades e carece, portanto, de mais cuidados do que o texto me
prosa.”
Assim a poesia não é de difícil interpretação, apenas necessita de
mais cuidado e atenção para que ocorra um entendimento da mesma. A
aprendizagem da interpretação da poesia compreende o desenvolvimento
de coordenar conhecimentos dos vários sentidos que um texto
poético proporciona.
Uma forma para melhorar a aprendizagem é a aproximação constante
da poesia, como também a utilização do conhecimento prévio. O
conhecimento prévio engloba o conhecimento lingüístico, que abrange
desde o conhecimento sobre pronunciar o português, passando pelo conhecimento
de vocabulário e regras da língua, chegando até o conheci3
mento sobre o uso da língua. O conhecimento do texto, que se refere as
noções e conceitos sobre o texto, e, por último, o conhecimento de
mundo, que é adquirido informalmente através das experiências, do
convívio numa sociedade, cuja ativação, no momento oportuno, é também
essencial à compreensão de um poema.
Se estes conhecimentos não forem respeitados, o entendimento e
a compreensão do poema pode realmente ficar prejudicada, e assim,
como foi dito anteriormente, de difícil interpretação.
Como exemplo do que foi exposto no parágrafo anterior, coloco
excerto do poema “Balada do amor através das idades”, de Carlos
Drummond de Andrade (Cinco Estrelas, 2001, p. 26).
Eu te gosto, você me gosta
desde tempos imemoriais.
Eu era grego, você troiana
Troiana mas não Helena.
Saí do cavalo de pau
Para matar seu irmão.
Matei, brigamos, morremos.
(...)
Mas depois de mil peripécias,
Eu, herói da Paramount,
Te abraço, beijo e casamos.
A compreensão do poema acima pode ficar comprometida se o
leitor não tiver um dos conhecimentos acima citado. A poesia de
Drummond exige do discente um bom conhecimento de mundo e da
história para que ele entenda a poesia, pois nela é citado, de certa forma,
a Guerra de Tróia, os costumes romanos como também expõe o
nome de um dos mais poderosos estúdios de Hoolywood, dando referência
aos finais felizes dos filmes.
Para amenizar os problemas do distanciamento, de interpretação
e de compreensão poética, é necessário que o professor compreenda que
o ato de interpretar um poesia não pode ficar restrito a sua forma de apresentação
sobre uma página, ou seja, como ocorre a disposição das
palavras, dos versos, das rimas e das estrofes, e nem somente pelos
questionamentos apresentados nas atividades de interpretação propostas
pelos livros didáticos, pois as perguntas são impressionistas. Assim
afirma Micheletti (2001, p. 22):
Freqüentemente a interpretação textual dadas nos livros e materiais afins
tem um caráter ‘impressionista’, ou seja, o autor das questões propostas ou
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dos comentários, registram as suas intuições, as suas impressões sobre o texto.
É necessário ressaltar que o professor deve partir de uma leitura
poética do mundo, fazendo da poesia motivo de apreciação lúdica e de
motivação para a produção de intertextualidade ( relação existente entre
textos diversos, da mesma natureza ou de naturezas diferentes e entre o
texto e contexto) e de muitas outras formas de criar com seriedade, mas
brincando com palavras.
Segundo Elias José (2003, p. 11) , “vivemos rodeados de poesia”,
ou seja, poesia é tudo que nos cerca e que nos emociona quando tocamos,
ouvimos ou provamos, poesia é a nossa inspiração para viver a
vida.
Conforme Elias José (2003, p. 101), “ser poeta é um dom que exige
talento especial. Brincar de poesia é uma possibilidade aberta a
todos.”. Então, se todos podemos brincar de poesia, por que não trabalharmos
a poesia de forma lúdica?
Assim proponho atividades que oportunizem momentos lúdicos
aos alunos, tendo em vista exercícios de imaginação, de fantasia e de
criatividade e ao mesmo tempo mostrar a vida de uma forma mais poética,
com maior liberdade para construir seu conhecimento.
Todas as estratégias capazes de aguçar a sensibilidade da criança
e do adolescente para a poesia são válidas. É interessante para isso, que
a poesia seja freqüentemente trabalhada para que ocorra um interesse
por ela.
Um dos processos para o educador iniciar este trabalho, é ele fazer
uma sondagem para descobrir os temas de maior interesse dos alunos,
proporcionando uma maior participação. Este levantamento pode
ser de forma direta, através de pequenas fichas ou ouvindo e anotando
as temáticas preferidas dos alunos. Outro método é descobrir os filmes,
os programas de rádios e de televisão que mais gostam. Isso é necessário
para o professor saber que tipo de poesia pode levar para a sala de
aula. Vale ressaltar que cada sala tem um gosto diferente. No entanto
não se pode prender-se somente aos temas escolhidos pelos discentes. A
variedade e a novidade também são métodos eficazes para a aprendizagem.
Faz-se necessário, antes de iniciar as atividades poéticas, preparar
um ambiente adequado, principalmente nas séries iniciais, para que
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os alunos sintam-se a vontade para recitar e interpretar os textos poéticos.
Além de uma biblioteca agradável, ventilada, espaçosa e com um
acervo bem variado para que os estudantes possam escolher livremente
na prateleira o livro que quiser.
Trabalhar com poesia em pares é muito interessante. Este trabalho
é realizado de duas maneiras: primeiro, através da leitura da poesia,
depois são propostas as atividades interpretativas, nada de questões objetivas,
já que cada pessoa interpreta um texto de forma diferente, mas
de maneira coerente.As duplas conversam sobre o texto, analisam as
possibilidades possíveis e escrevem o que foi apreendido.
É através das diferenças individuais que a troca de experiências
vai sendo edificada, como também a partir da reflexão e da construção
social do conhecimento sustentada pela interação dos indivíduos envolvidos.
Essa interação entre os sujeitos é fundamental para o desenvolvimento
pessoal e social, pois ela busca transformar a realidade de cada
sujeito, mediante um sistema de trocas.
É proveitoso ressaltar também que construir um cantinho para fixar
vários tipos de poesia é um método eficaz para o incentivo da leitura
e interpretação poética, pois quanto mais se lê, mais se aprende e cria
o hábito da leitura não só de poesia como de outros tipos de textos.
Pinheiro (2002, p. 26) afirma que:
Improvisar um mural, onde os alunos, durante uma semana, um mês, ou
o ano todo colocam os versos de que mais gostam (...) de qualquer época ou
autor, são procedimentos que vão criando um ambiente (...) em que o prazer
de lê-la passa a tomar forma..
Não satisfeita ainda com as metodologias apresentadas, proponho
mais alguns métodos que são incentivadores para a prática da leitura
de poesia, como o momento poético, a poesia e as datas comemorativas
e a apresentação da poesia em forma de dança, desenho ou interpretação
teatral.
O primeiro, momento poético, é um artifício aplicado em sala de
aula, em que os estudantes, dispostos de forma bem a vontade, sentados
no chão ou em almofadões, se a escola possuir, uma música suave ao
fundo, recitam poesias de preferência pessoal, ligadas, de preferência ao
momento literário estudado, buscando, junto aos colegas, descobrir a
mensagem transmitida pelo autor da poesia. O segundo, a poesia e as
datas comemorativas, apesar de ser bastante criticada, também é uma
forma proveitosa de aprender a gostar e interpretar a poesia. Como é o
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caso do dia 07 de Setembro em que os brasileiros mostram seu patriotismo
comemorando a independência do Brasil. O mestre pode trabalhar
a poesia de Gonçalves Dias, “Canção do Exílio” , fazendo primeiramente
uma leitura crítica, levando os discentes a observar a poesia e
fazer um paralelo da época em que a canção foi feita e se a terra natal
(Brasil) hoje é tão perfeita como apresenta Gonçalves Dias em sua poesia.
Trabalhar a poesia ligada as datas comemorativas só se torna enfadonho,
pouco proveitoso, sem criatividade e método empobrecido,
quando a poesia só é lembrada nestas datas.
O último método citado neste artigo, é a apresentação da poesia
em forma de dança, desenho ou interpretação teatral. Um exemplo do
primeiro, a dança pode ser representada pela poesia “A Bailarina”, de
Cecília Meireles, em que as crianças ou adolescentes podem formar um
grupo de dança, todas vestidas de bailarina, para interpretar corporalmente
a poesia abaixo que deve ser recitada por um outro estudante.
Não é obrigatório o professor trabalhar com esta poesia, ela pode ser
substituída por outra, tudo depende do docente ou dos alunos.
Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.
Não conhece nem dó nem ré
Mas sabe ficar na ponta do pé.
Não conhece nem mi nem fá
Mas inclina o corpo para cá e para lá.
Não conhece nem lá nem si
Mas fecha os olhos e sorrir.
Roda, roda, roda com os bracinhos no ar
E nem fica tonta nem sai do lugar.
Põe no cabelo uma estrela e um véu
E diz que caiu do céu.
Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.
Mas depois esquece todas as danças,
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E também quer dormir como as outras crianças.
No caso do desenho, ótimo método para se trabalhar tanto nas
aulas de Língua Portuguesa como nas de Artes. Os alunos em grupo
tentam interpretar a poesia lida através do desenho, para depois apresentar
aos colegas de sala para também ser analisada por eles. Depois os
desenhos podem ser colocados ao lado da poesia referente a cada um e
exposto em um mural em toda a escola ou só na sala de aula.
O “Soneto”, de Álvares de Azevedo, pode ser um exemplo para
ser apresentado em forma de teatro lido. O narrador representa o eu lírico,
lendo a poesia enquanto uma aluna representa a mulher recitada nos
versos.
Pálida, à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!
Era a virgem do mar! Na escuma fria.
Pela maré das águas embaladas,
Era um anjo entre nuvens d’alvorada
Que em sonhos se balançava e se esquecia!
Era mais bela! O seio palpitando...
Negros olhos as pálpebras abrindo...
Formas nuas no leito resvalando...
Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando;
Por ti – nos sonhos morrerei sorrindo!
Estas aulas anteriormente citadas são bem lúdicas. Os alunos aprendem
em grupo, de forma bem participativa, a interpretar e compreender
as poesias tendo contato com as idéias dos amigos de sala.
As poesias também podem ser trabalhadas como ajuda para produções
de textos, como é o caso das poesias de Manuel Bandeira, grande
escritor do Modernismo brasileiro, “O Bicho” ( retrata a desigualdade
social), “O Poema tirado de uma notícia de jornal (incentiva a produção
de uma narração relatando o cotidiano humilde das pessoas desprestigiadas
socialmente) e para finalizar, tem-se “Irene Preta” (retrata
o preconceito racial).
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Este trabalho exige que o aluno descubra qual o tema apresentado
na poesia, para depois escrever, de acordo com o gênero exigido, o
texto.
A poesia pode ser trabalhada não só nas aulas de Língua Portuguesa,
mas também nas aulas de História, Geografia e outras como é o
caso da poesia “A Rosa de Hiroxima”, de Vinícius de Moraes, que retrata
o triste acontecimento da explosão da bomba atômica em Hiroxima.
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor, sem perfume
Sem rosa sem nada
Esta poesia, como foi dito acima, pode ser trabalhada numa aula
de história, que o professor, através dos versos, pode explicar todo o
conteúdo desse aterrorizante acontecimento. Pode explicar, por exemplo,
por que o poema se chama A Rosa de Hiroxima, como também
explicar que os escritores modernistas transplantavam o momento vivido
para as poesias, como é o caso de Vinícius.
CONCLUSÃO
Os professores devem trabalhar poesias e textos poéticos com
seus alunos pois estes vêm sendo indicados como um dos meios mais
eficazes para o desenvolvimento das habilidades de percepção sensorial
da criança e do adolescente, do senso estético e de suas competências
leitoras e, conseqüentemente, simbólicas.
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A interação com a poesia é uma das responsáveis pelo desenvolvimento
pleno da capacidade lingüística da criança e do adolescente, através
do acesso e da familiaridade com a linguagem conotativa, e refinamento
da sensibilidade para a compreensão de si própria e do mundo,
o que faz deste tipo de linguagem uma ponte imprescindível entre o indivíduo
e a vida.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Ricardo. Novas palavras: Literatura Gramática, Redação e Leitura. São
Paulo: FTD, 1997 – Coleção Novas Palavras, V.2.
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5ª ed. São Paulo: Ática, 1986.
FRANTZ, Maria Helena Zancan. O ensino da literatura nas séries iniciais.
2ª ed. Ijuí: Unijuí, 1997.
JOSÉ, Elias. A poesia pede passagem: um guia para levar a poesia às
escolas. São Paulo: Paulus, 2003.
In: MACHADO, Ana Maria. Cinco estrelas. Literatura em minha casa.
V.1. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
In: MICHELETTI, Guaraciaba (Coord.). Leitura e Construção do real:
o lugar da poesia e da ficção. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2001. (coleção
aprender e ensinar com textos, v. 4)
In: PINHEIRO, Helder; BANBERGER, Richard. Poesia na sala de aula.
2ª ed., João Pessoa: Idéia, 2002.